Avanços da medicina permitem sobrevivência de recém-nascidos a partir de 22 semanas

  • 17/11/2025
'Novembro Roxo': TV TEM exibe série de reportagens sobre prematuridade A neonatologia, especialidade que cuida de recém-nascidos prematuros, mudou o destino de milhares de bebês no mundo. Em pouco mais de seis décadas, avanços médicos permitiram que aqueles com apenas 22 semanas de gestação sobrevivam e cresçam saudáveis. O assunto é tema da série de reportagens Prematuros: Quando o amor chega mais cedo, da TV TEM, que vai ao ar no TEM Notícias 1ª Edição. 📲 Participe do canal do g1 Rio Preto e Araçatuba no WhatsApp Guilherme Sant’anna, neonatologista Reprodução/TV TEM Um dos nomes que acompanha essa evolução é o médico Guilherme Sant’anna, referência internacional na área e atuante em um dos principais hospitais do Canadá. Mesmo no exterior, ele conhece de perto os desafios das UTIs neonatais brasileiras. “Neonatologia é uma especialidade médica nova. Foi declarada oficialmente em 1960, então tem 65 anos. Outra especialidade médica tem mais de 200 anos. Então, a gente ainda está sempre aprendendo muita coisa em neonatologia", conta. Tecnologia ajuda na sobrevivência de bebês prematuros a partir de 22 semanas Reprodução/TV TEM Segundo o médico, o limite da viabilidade de sobrevivência de bebês prematuros mudou radicalmente ao longo desses 65 anos. "De 33 semanas nos anos 60, agora tem bebê que nasce com 22 semanas, quase que metade da gestação, e sobrevive. Então, a gente está progredindo e essa evolução, na minha visão, vai continuar com novas tecnologias, microtecnologias, mais conhecimento. Eu acredito que não só mais nenéns prematuros vão sobreviver, mas vão sobreviver com mais qualidade de vida”. Graças a essa evolução, a rotina das UTIs neonatais mudou. Casos de bebês que nasceram em estado grave e hoje vivem saudáveis são cada vez mais comuns e emocionam até os profissionais de saúde. É o caso da neonatologista Gabriella Farto, que atendeu à pequena Isabela, de São José do Rio Preto (SP). “Eu tenho contato com alguns pacientes. Inclusive, uma delas foi uma nenê que eu fiz uma recepção na sala de parto, nasceu no começo da madrugada, foi 24 semanas. Ela nasceu parada, sem vitalidade, o coraçãozinho não batia, não tinha respiração. A nota que a gente dá, que é de 0 a 10, no primeiro minuto dela foi 0. Foi uma nenê que foi entubada em sala de parto, foi reanimada. Chegou muito grave na UTI. A gente achava que não iria sobreviver. E, por um milagre, pela equipe também, como um trabalho como um todo, ela foi para casa”, conta. Isabela nasceu em condição grave, com coração parado, na 24ª semana Reprodução/TV TEM A pequena Isabela ficou três meses internada na UTI neonatal. A mãe, Gabriela Martinho Torquetti, relembra o parto com emoção. “Quem viu ela foi meu marido. Eu não sabia que ela tinha nascido parada (sem batimentos cardíacos). Depois que ele veio me falar, ele nem me mostrou nenhuma foto dela, nem nada, porque ele ficou muito preocupado. Depois que caiu a ficha, que aí eu fui saber que ela tinha nascido parada, que ela foi reanimada, que ela foi entubada”. Durante a internação, cada grama de peso conquistada era motivo de comemoração. "Ela corria contra o tempo em relação ao peso. Ela tinha que ganhar peso para poder sobreviver. Então, foram várias transfusões de sangue, foram vários... Tira o tubo, coloca o tubo de novo, coloca o oxigênio, diminui o oxigênio. Então, foram momentos difíceis, mas a gente nunca perdeu a fé, nunca perdemos a esperança”, conta o pai de Isabela, Frederico Torquetti. Hoje, a menina frequenta a escola e se desenvolve sem sequelas. “Esses dias, recebi um vídeo dela empurrando a mochila, indo para a escolinha. Um desenvolvimento maravilhoso, que a gente olha e fala, realmente foi mão de Deus ali, foi graça de Deus”, diz a médica. “Às vezes eu falo, nossa, o que eu fiz para merecer toda essa benção? É uma benção, que depois do que você passa, você fala, Deus é muito bom, Ele me ama muito, Ele ama muito nossa família. E vendo ela feliz, alegre, indo para a escolinha, falando as primeiras palavras, brincando com o irmão, dando risada, é algo único, é muito maravilhoso”, complementa a mãe. No mês passado, Isabela completou dois anos. A festa foi marcada pela celebração da vida e pela vitória contra a prematuridade. “Eu adoro, eu abraço ela muito, igual todo irmão que ama a irmã”, diz o irmão, Pedro Martinho Torquetti. “Ela significa metade do meu coração, sem ela eu não viveria”, completa. Isabela já tem dois anos e se desenvolve bem com a família, sem sequelas Reprodução/TV TEM 🙏🏻 'Um milagre' Noah nasceu com apenas 600 gramas e chegou a pesar 524 Reprodução/TV TEM Outro exemplo é Noah, hoje com três anos. Os pés que correm e as mãos que escalam já foram minúsculos, quase imperceptíveis. O menino nasceu com apenas 600 gramas e chegou a pesar 524 gramas. Segundo a mãe, Jaqueline Chaves de Sousa Silva, ele cabia praticamente na mão "A gente viu ele se desenvolver. A pele, não tinha pele direito quando nasceu, era aquela pele gelatinosa. Então, assim, a gente praticamente acompanhou uma gestação ali dentro da incubadora, né? Ele ficou cinco meses praticamente dentro da incubadora até ele poder sair dela para um bercinho e continuar ali, sabe? Então, foi um mundo totalmente novo para nós”, recorda-se. Noah nasceu prematuro e se desenvolveu de maneira saudável em Rio Preto (SP) Reprodução/TV TEM Com apenas 23 semanas de gestação, Noah enfrentou uma longa internação: 170 dias na UTI neonatal e 13 transfusões de sangue. “Teve anemia, ele teve infecção, ele teve hemorragia grau 4, que é a pior hemorragia que dá na cabeça, né? Então, ele teve muita coisa, a listinha é grande de tudo o que ele passou lá. Então, eles falaram que se ele sobreviver, ele pode ficar com muitas sequelas. Ele fez uma cirurgia no olho, a laser, porque não estava desenvolvendo, correndo risco de cegueira também. Então, assim, para nós, o Noah é um milagre mesmo de Deus na nossa vida”, diz Jaqueline. 👶🏻🏥 Prematuros: Quando o amor chega mais cedo Reportagem e apresentação: Gridânia Brait Produção: Juliana Barriviera Imagens: Eduardo Durú, Francisco Braúna, João Serantoni e Cuca Sereguetti Edição de imagem: Mônica Silva Edição de arte: Guilherme Orsi Edição de texto: Juliana Barriviera Edição de texto web: Eric Mantuan Veja mais notícias da região no g1 Rio Preto e Araçatuba PREMATUROS: veja a série da TV TEM

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/noticia/2025/11/17/avancos-da-medicina-permitem-sobrevivencia-de-recem-nascidos-a-partir-de-22-semanas.ghtml


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