Cordão de girassol: símbolo de empatia para quem vive com doenças ocultas

  • 19/11/2025
(Foto: Reprodução)
O cordão de girassol identifica pessoas com deficiências ocultas e reforça a importância de um atendimento mais empático Unimed COP/Divulgação No embarque de um aeroporto, em uma sala de espera de hospital, ou mesmo numa fila de supermercado: quem vê um cordão verde estampado com girassóis pode não imaginar seu significado, ou muitas vezes, tirar conclusões equivocadas de seu uso. Para muitos, esse acessório discreto é um pedido silencioso de compreensão e paciência, um alerta de que há algo invisível, mas importante, que precisa de atenção. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 15% da população mundial vive com alguma deficiência. Isso significa que aproximadamente um bilhão de pessoas no mundo possuem alguma deficiência, e 80% delas não são aparentes. Mas afinal, o que é o cordão de girassol? O cordão de girassol foi instituído como símbolo nacional para identificação de pessoas com deficiências ocultas, por meio da Lei 14.624, sancionada em julho de 2023. Essas deficiências não aparentes não são percebidas de imediato por quem está de fora, mas podem ter impacto profundo na vida de quem vive com elas. O uso do cordão é opcional, e a sua ausência não impede o exercício dos direitos garantidos por lei. Além disso, o símbolo não substitui documentos ou laudos comprobatórios, caso sejam exigidos por atendentes ou autoridades. A psicóloga Maria Fernanda Cazo Alvarez explica melhor a importância do uso, não só para a pessoa que possui deficiência oculta, mas também, para os profissionais e a sociedade que possuem contato com tais condições, gerando respeito e empatia pelo próximo. Assista o vídeo e saiba o que diz a dra. Maria Fernanda Cazo Alvarez Por que girassol? O símbolo do cordão de girassóis foi criado no Reino Unido e adotado globalmente a partir de 2016 como forma de reconhecer as deficiências ocultas, definidas como “invisíveis”, uma iniciativa para dar visibilidade a limitações que não são evidentes externamente. A escolha desse ícone tem uma carga simbólica forte: girassóis “olham para a luz”, evocam calor, acolhimento e visibilidade em lugares onde muitas vezes a pessoa se sente invisível. Para quem serve? Unimed COP Unimed COP/Divulgação Um gesto de empatia institucional A lei que instituiu o cordão reforça a ideia de que a sociedade precisa se sensibilizar para realidades que não são visíveis à primeira vista. Em alguns estados e municípios, já há leis locais complementares ou específicas para reforçar o uso e a conscientização sobre o cordão. De acordo com o Portal UFLA, na Universidade Federal de Lavras (UFLA), por exemplo, a estudante do mestrado em Ciência da Computação Débora Rossini, tem uma disfunção neuro-visual conhecida como Síndrome de Irlen, que causa intensa sensibilidade ocular à luz, além de sobrecarregar sensorial aos demais sentidos como barulhos altos, luz forte e fluxo alto de pessoas. O uso do cordão, junto com o cartão de identificação, viabiliza a solicitação de ajustes em ambientes sensoriais, sem desgaste emocional ao ter que ficar explicando de forma exaustiva sua condição. Empatia no dia a dia Mais do que uma lei, o cordão é um convite à empatia. Imagine estar em um lugar público, ser atendido por alguém que sabe, imediatamente, que você precisa de um pouco mais de tempo para se expressar. Esse pequeno símbolo pode evitar constrangimentos, reduzir a ansiedade e tornar o atendimento mais humano. A terapeuta ocupacional Carina Lopes reforça a importância do uso no dia a dia. Saiba o que diz Carina Lopes - Terapeuta Ocupacional Crefito Para os atendentes, a presença do girassol é um lembrete visual de que nem todas as necessidades são óbvias, e que a paciência e o respeito fazem parte do atendimento digno. Mas a adoção do cordão ainda enfrenta obstáculos, como: Desconhecimento generalizado: nem todos sabem o que o símbolo significa, o que pode limitar seu impacto prático; Uso indevido: por ser opcional e simbólico, pode haver pessoas que usem sem ter uma deficiência oculta, o que gera dilemas éticos ou mal-entendidos; Treinamento insuficiente: para que o cordão funcione como instrumento de empatia, é necessário que funcionários de serviços públicos ou privados sejam treinados para reconhecer e reagir adequadamente a ele. Em um mundo onde tantas batalhas são travadas em silêncio, o cordão de girassol surge como um lembrete de que a empatia é uma escolha diária. Reconhecer que nem toda dificuldade é visível nos convida a olhar para o outro com mais cuidado, respeito e abertura.

FONTE: https://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/especial-publicitario/unimed-centro-oeste-paulista/noticia/2025/11/19/cordao-de-girassol-simbolo-de-empatia-para-quem-vive-com-doencas-ocultas.ghtml


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