Justiça torna 13 pessoas rés no processo do desvio milionário de verbas da Apae de Bauru
19/12/2024
Ação foi protocolada e aceita pela Justiça de Bauru (SP) nesta quinta-feira (19). No mesmo dia, o laudo pericial sobre os fragmentos de ossos, supostamente pertencentes a Cláudia Lobo, foi divulgado, mas apresentou resultados inconclusivos quanto à sua origem humana. A Justiça tornou 13 pessoas rés no processo que investiga o desvio milionário de verbas da Apae de Bauru (SP). A acusação foi formalizada nesta quinta-feira (19) pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), vinculado ao Ministério Público (MP), e aceita pela Justiça.
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Entre os acusados, estão o ex-presidente da Apae, Roberto Franceschetti Filho, funcionários da instituição e familiares de Cláudia Lobo, ex-secretária executiva da entidade, que está desaparecida desde agosto e, segundo a polícia, foi assassinada por Roberto. São eles:
Roberto Franceschetti Filho - ex-presidente da Apae;
Gisele Aparecida de Camargo Tavares - ex-presidente da Apae;
Izabel Cristina dos Santos Albuquerque - coordenadora de Desenvolvimento Institucional da Apae;
Renato Tadeu - ex-militar que prestava serviços de segurança à Apae;
Gabriel Gomes da Rocha Rodrigues - funcionário da instituição e considerado filho adotivo de Cláudia Lobo;
Fernando Sheridan Rocha Moreira - primo de Cláudia Lobo e também funcionário da Apae;
Renato Golino - ex-coordenador financeiro da Apae;
Letícia da Rocha Lobo - filha de Cláudia Lobo;
Ellen Souza da Rocha Lobo - irmã de Cláudia Lobo;
Diamantino Passos Campaguci Junior - cunhado de Cláudia Lobo;
Persio de Jesus Prado Junior - ex-marido de Cláudia Lobo;
Maria Lucia Miranda - atual coordenadora financeira da Apae;
Felipe Guimarães Simões Moraes - empresário.
Presos suspeitos de desvios milionários na Apae de Bauru
Reprodução/TV TEM
Todos enfrentam acusações de peculato e formação de organização criminosa. A primeira audiência de pré-julgamento do caso está marcada para o dia 1º de abril.
Os advogados de defesa dos familiares de Cláudia Lobo, com exceção de Gabriel e Fernando, protocolaram um pedido para que a investigação sobre os desvios seja remetida à Justiça Federal.
Eles alegam que parte dos recursos da Apae provém da União, o que, segundo a defesa, tornaria a investigação de competência da Justiça Federal.
O pedido, caso aceito, anularia todos os atos processuais até agora realizados, alegando que teriam sido feitos por um juízo incompetente.
Letícia, filha de Cláudia Lobo, foi presa durante a operação em Bauru
Reprodução/TV TEM
Suposto homicídio de Cláudia Lobo
O esquema de desvio foi descoberto durante as investigações do suposto homicídio de Cláudia Lobo, ex-secretária executiva da Apae.
Ela foi dada como desaparecida em agosto de 2024, e a polícia acredita que ela tenha sido assassinada por Roberto Franceschetti Filho, o ex-presidente da Apae, com um tiro, no dia 6 de agosto.
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Arquivo pessoal
O corpo de Cláudia teria sido queimado, e um funcionário da instituição relatou ter ajudado Roberto a destruir os restos do corpo. Um laudo pericial foi divulgado também nesta quinta-feira sobre fragmentos de ossos encontrados pela polícia, três meses após ser enviado para análise.
O resultado não confirmou que os restos seriam humanos, já que não foi detectada a concentração mínima de DNA necessária para comprovar sua origem.
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Reprodução/TV TEM
Apesar disso, as investigações continuam, e Roberto Franceschetti Filho é réu no processo de homicídio e ocultação de cadáver. A primeira audiência sobre o homicídio está marcada para o dia 16 de janeiro.
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