Polícia abre novo inquérito para investigar mais denúncias contra psiquiatra acusado de importunação sexual e estupro

  • 18/11/2025
Justiça mantém prisão de psiquiatra suspeito de importunação sexual e estupro em Marília A Polícia Civil de Marília (SP) abriu, nesta segunda-feira (17), um novo inquérito para investigar o médico psiquiatra Rafael Pascon dos Santos após duas novas denúncias feitas por ex-pacientes. Segundo a Polícia Civil, as vítimas, na faixa etária dos 30 anos, relataram situações de importunação sexual, semelhantes às descritas em outras ocorrências. Com os dois novos registros, sobe para 32 o total de denúncias contra o médico, incluindo casos de importunação sexual e estupro, que teriam ocorrido em Marília, Garça e Lins (SP). 📲 Participe do canal do g1 Bauru e Marília no WhatsApp As novas queixas vão ser investigadas em um novo inquérito, que deve ficar com a mesma equipe da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Marília, responsável pela primeira investigação, que já virou processo criminal. Processo aceito pela Justiça A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público (MP) e tornou o psiquiatra réu por importunação sexual e estupro de vulnerável contra pelo menos 30 mulheres atendidas em consultas psiquiátricas na região. A decisão foi divulgada nesta segunda-feira (17). Rafael Pascon dos Santos, que atuava em uma clínica particular de Marília (SP) e no Caps de Garça (SP), foi preso na tarde de quarta-feira (22) Reprodução/Facebook Segundo a investigação, há 19 boletins de ocorrência em Marília, 10 em Garça e um em Lins, com vítimas de 17 a 65 anos. Os crimes teriam ocorrido desde 2018. A defesa do réu tem 10 dias para apresentar resposta à acusação Na decisão, a juíza responsável pelo processo destaca que há indícios de materialidade dos crimes e autoria por parte do médico com base nos boletins de ocorrência, no inquérito policial e no relatório da Delegacia de Defesa da Mulher de Marília (SP). Além disso, a magistrada também cita os depoimentos das vítimas, colhidos durante as investigações. Prisão e indiciamento Rafael foi preso preventivamente em 22 de outubro, em Marília, após diligências no consultório e na casa dele. O médico se apresentou à Delegacia de Marília acompanhado por advogados. O inquérito foi concluído em 31 de outubro, com indiciamento por importunação sexual e estupro de vulnerável. No depoimento marcado para o mesmo dia, o médico permaneceu em silêncio. O pedido de habeas corpus foi negado em 10 de novembro, e a Justiça também rejeitou a solicitação de revogação da prisão. Rafael continua detido na penitenciária de Gália (SP). O caso segue sob segredo de Justiça. Mais de 30 denúncias Rafael Pascon dos Santos atuava em uma clínica particular de Marília e no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Garça (SP). Mulher acusa psiquiatra de estupro durante consulta em Marília; número de denúncias cresce Após as seis primeiras vítimas denunciarem o médico psiquiatra na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Marília, um registro foi feito por uma paciente que afirmar ter sido estuprada pelo profissional. Em entrevista à TV TEM, a vítima, que preferiu não se identificar, relatou que o abuso começou no começo da consulta, realizada no consultório particular do suspeito, em agosto de 2024, quando o médico a chamou de "gostosa". Veja o depoimento no vídeo acima. "Quando ele foi colocar meu nome na agenda, na recepção, ele me deu um abraço e sussurrou alguma coisa no meu ouvido que eu não entendi, me levou de volta para a sala dele e me estuprou. A maior parte do tempo eu realmente travei e fiquei em choque e com medo de fazer alguma coisa, porque estava de noite e o consultório estava vazio. Fiquei com muito medo", relatou. Além disso, alegou tentar esquecer o que aconteceu, mas, após as denúncias das seis vítimas, decidiu prestar depoimento também. "É um pesadelo que parece que vivi. Por muito tempo eu me silenciei e tentei esquecer, mas uma mulher foi corajosa o suficiente para denunciar e fez com que tudo, infelizmente, voltasse à tona de novo para mim. Eu fui atrás de denunciar também para conseguir colocar, talvez, um fim em alguma parte disso." Segundo Renata Yumi Ono, delegada da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Garça, uma das vítimas, de 65 anos, relatou que os abusos aconteceram em 2018, durante consultas no Caps do município. Ela afirmou que o profissional começou a ter comportamentos inapropriados, como abraços e gestos de intimidade, e que, em uma das consultas, chegou a segurá-la contra o corpo e a encostar a boca em seu pescoço para "inalar o seu perfume". Dezoito mulheres fizeram denúncia contra médico psiquiatra por abuso sexual em consultas O segundo registro é de uma mulher de 43 anos, que contou ter sido beijada à força pelo mesmo profissional durante uma consulta em 2022. A vítima disse ter ficado em estado de choque e interrompido o acompanhamento médico após o episódio. Outra vítima de Garça registrou boletim de ocorrência na DDM no dia 17 de outubro, após a divulgação dos casos. A jovem, atualmente com 24 anos, disse à polícia que passou pelo atendimento no Caps em 2018, quando tinha 17 anos. Segundo a delegada, a jovem não denunciou o caso na época por não entender a gravidade do fato, mas, ao perceber que existiam outras vítimas, resolveu procurar a polícia. O caso foi registrado como importunação sexual. No relato, a jovem disse que a mãe costumava acompanhá-la nas consultas, mas, em uma ocasião, precisou iniciar o atendimento sem a presença dela. Nesse dia, segundo ela, o médico mudou o comportamento e começou a fazer perguntas íntimas e, ao final da consulta, a acompanhou até a porta e a puxou pelo punho e beijou o canto de sua boca. Depois do ocorrido, a jovem ainda retornou duas vezes a consultas por conta da necessidade da medicação, uma delas com um amigo (e relatou que o médico ficou bastante incomodado com a presença dele), e depois apenas para retirada da receita do remédio. No mesmo dia, uma mulher de 41 anos também registrou um boletim de ocorrência contra o médico em Garça. A vítima prestou depoimento à polícia na Delegacia de Defesa da Mulher da cidade. Segundo a Polícia Civil, a mulher decidiu registrar o boletim de ocorrência após assistir a reportagens a respeito de outros casos denunciados na cidade vizinha, incluindo uma denúncia de estupro. Segundo o relato, o abuso aconteceu no fim de 2024, em uma das consultas no Caps de Garça, onde o profissional também atuava. A vítima contou que, ao retornar ao consultório para solicitar um atestado, o médico fez comentários inapropriados sobre sua aparência, como: "você está bonita, está gostosa", e, em seguida, a segurou contra a mesa, tentou beijá-la, passou a mão por baixo de sua saia e mexeu em seu cinto. Ela conseguiu se desvencilhar e correu para o carro. Vítimas relataram situações de importunação sexual envolvendo o médico psiquiatra em Marília Reprodução/TV TEM Na consulta seguinte ao abuso, ele chegou a dizer: "Eu queria colocar minha boca entre as suas pernas, mas você saiu correndo". A partir desse episódio, ainda conforme a Polícia Civil, o estado psicológico da vítima se agravou, resultando em crises intensas, aumento da medicação e até um episódio de surto psicótico no trabalho. No entanto, apesar do medo e em razão da dependência de receitas médicas para sua medicação, a vítima continuou com os atendimentos, evitando qualquer contato físico com o médico. Veja mais notícias da região no g1 Bauru e Marília VÍDEOS: assista às reportagens da região

FONTE: https://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/noticia/2025/11/18/policia-abre-novo-inquerito-para-investigar-mais-denuncias-contra-psiquiatra-acusado-de-importunacao-sexual-e-estupro.ghtml


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